Recomeçar.
Recomeçar. Parem um segundo! Literalmente. Por favor. Contem lá quantas vezes já se queixaram hoje por coisa nenhuma? E eu falo só de hoje. Pensaram? Muitas, né? Este café hoje está uma porcaria e paguei 5.- por ele. O teu filho manchou-te a tua melhor camisa com as mãos mais gordurosas que possam imaginar (mas porque só te queria dar um abraço). Foram ao supermercado devolver castanhas que estavam completamente podres quando as queriam cozinhar...e muitas outras coisas estupidas. Muitas. Chato, certo? Mas não é o fim do mundo. Nunca será. O Joao e a Maria viviam lá longe. Num país distante. Não eram ricos, também não eram pobres. Levavam a sua vida honestamente. Tinha cada um a sua casa, a sua vida tranquila. Os seus amigos, os seus livros, as suas plantas, as suas fotos. Recordações de uma vida. Ele, socorrista de ambulancia durante anos em tempos de juventude. Ela, uma vida dedicada à psicologia. Tinham-se um ao outro. Apenas. A vida, essa, já lhes tinha levado outros mais próximo